domingo, 4 de setembro de 2011

Silêncio!




Um frenesi a envolveu antes que pudesse respirar. Implorando sem precedentes, jurando ao choro dos inocentes, daqueles que amam mas não sabem dizer! Sentiu o ódio amando e o amor odiando! Mas ninguém há de dizer que aquela felicidade não lhe cabia, ou que uma outra vontade não o pertencia. Ele, a amava sem dizer. Ela, dizia tudo saber. Eles? Se conheciam no olhar, se amavam nos toques, nas mensagens, nas conversas, nos outdoors, nas revistas, nos problemas, mas, nunca, nunca nas palavras. Eram incapazes de dizer aquilo. Pelo menos não enquanto os dois estivessem sóbrios ou tencionados pré mestrualmente.
Palavras...apenas uma porção de letrinhas conjugadas para expressar algo que se sente, se mente ou se corroe. É isso que muitos irão dizer, outros dirão apenas um não. Não é isso que é amar, não se pode chamar amor de ISSO! (T)ens uma (H)armonia (I)nconsciente, um (G)ostar exagerado e um (O)rgulho contagiante...Ele não dirá, ela continuará esperando. Mas dizer não os impede de sentir, de gozar, de sorrir, de darem as mãos, de se encontrarem num sentimento, de terem um arquipélago dentro de seus corações e plantarem em cada ilha a rotina do querer bem: o AMOR.

Nenhum comentário:

Postar um comentário